Autor Tópico: Mir no lugar do Wayland:"barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!  (Lida 7227 vezes)

Offline Mascarado

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Depois que a Canonical anunciou a implantação do Mir ao invés do Wayland por volta do Ubuntu 14.04 LTS ( ano que vem), houve manifestações contra a Canonical por parte de desenvolvedores do KDE e também dos outros desenvolvedores dos softwares envolvidos, alegam que a Canonical  menosprezou o Wayland gerando desconfiança em relação ao software (FUD), não que eu ache certo esse tipo de atitude que pode inclusive nem ter sido proposital, mas convenhamos, a Canonical sempre ouviu calada manifestações anti-Ubuntu por aí ( isso também é FUD), mas quando a Canonical resolve emitir opinião publicamente sobre algo vira um auê danado.

Já falaram demais sobre isso tudo por aí, a questão é que algumas pessoas se acharam no direito de se auto-declararem porta vozes ou representantes de todos os usuários do Ubuntu para dizer que estaríamos todos revoltados com a distribuição Ubuntu, o Google vive cometendo deslizes por aí e não vejo ninguém dizendo que vai deixar de usar o Android, a busca deles, deixar de usar o YouTube ou Gmail, mas quando se trata da Canonical vira "pecado mortal" e principalmente usuários de outras distribuições não perdem a oportunidade quando se trata de falarem mal da Canonical e do Ubuntu. Parece que a coisa funciona da seguinte forma: Se falam mal daquilo que eu gosto é FUD, mas falar mal daquilo que eu não simpatizo é "crítica construtiva". ::)

  Particularmente eu só uso linux por causa do Ubuntu, não estou atrás de filosofias ou ideologias e sim da minha plataforma favorita e isso me basta!  Fiquei super feliz com o projeto de convergência do ubuntu que possibilitará que o mesmo Ubuntu que amamos em nossos desktops esteja presente também em outros dispositivos como celulares, televisores e tablets. :D

Eu tô com o ubuntu e não abro! Fica registrada a minha indignação contra essa palhaçada sem graça promovida  por alguns elementos que "se acham" a última "bolacha do pacote", se julgam o "oráculo da sabedoria", enfim se consideram o máximo, menos né... No mais é só alegria! :D
« Última modificação: 17 de MAR?O de 2013, 20:25 por Mascarado »
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Offline marcosalvesps

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Re: "Barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!
« Resposta #1 Online: 14 de MAR?O de 2013, 22:23 »
To nem aí pro que dizem! Enquanto me agradar, funcionar bem, for livre, não largo por nada! Amo o Ubuntu!
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clodoaldops

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Re: "Barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!
« Resposta #2 Online: 16 de MAR?O de 2013, 20:21 »
To nem aí pro que dizem! Enquanto me agradar, funcionar bem, for livre, não largo por nada! Amo o Ubuntu!
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Offline asghan

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Re: "Barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!
« Resposta #3 Online: 16 de MAR?O de 2013, 21:30 »
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Offline imagenista

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Re: "Barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!
« Resposta #4 Online: 17 de MAR?O de 2013, 09:04 »
To nem aí pro que dizem! Enquanto me agradar, funcionar bem, for livre, não largo por nada! Amo o Ubuntu!

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Offline marcosalvesps

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Re: "Barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!
« Resposta #5 Online: 17 de MAR?O de 2013, 11:17 »
Sabe o que acontece? Quando você começa a crescer e aparecer, você começa a incomodar! Daí, começam a surgir ataques de todos os lados tentando desestabilizar o que tá dando certo... A Canonical está firmando parcerias importantes, fazendo lançamentos importantes como o Ubuntu touch, então isso começa a gerar muita inveja. É horrível dizer isso, mais é a mais pura verdade.
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Offline adiaswin

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Re: "Barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!
« Resposta #6 Online: 17 de MAR?O de 2013, 11:27 »
Sabe o que acontece? Quando você começa a crescer e aparecer, você começa a incomodar! Daí, começam a surgir ataques de todos os lados tentando desestabilizar o que tá dando certo... A Canonical está firmando parcerias importantes, fazendo lançamentos importantes como o Ubuntu touch, então isso começa a gerar muita inveja. É horrível dizer isso, mais é a mais pura verdade.
ola

eh inveja no software livre ???
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Offline marcosalvesps

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Re: "Barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!
« Resposta #7 Online: 17 de MAR?O de 2013, 11:44 »
E porque não? Inveja existe em todo lugar! Na escola, no trabalho, na Igreja, entre "amigos", entre familiares... Porque não existiria no Software livre??
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Offline adiaswin

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Re: "Barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!
« Resposta #8 Online: 17 de MAR?O de 2013, 11:52 »
E porque não? Inveja existe em todo lugar! Na escola, no trabalho, na Igreja, entre "amigos", entre familiares... Porque não existiria no Software livre??
ola

bem acredito que não existiria como dizem cada um fica no teu quadrado

mas mir no ubuntu poderia prejudicar as outras distros como o mint,zorin.
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Offline Mascarado

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Re: "Barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!
« Resposta #9 Online: 17 de MAR?O de 2013, 15:35 »
Quando a crítica parte de usuários de outras distribuições eu creio que a inveja fale mais alto, infelizmente. Não digo de todos, mas de grande parte, eu ficaria muito feliz se o Fedora, Mandriva ou qualquer outra distribuição mantida direta ou indiretamente por uma empresa tivesse um projeto de convergência para que rodasse em outros dispositivos além dos desktops como o Ubuntu está projetando, mas certos usuários de outras distribuições pensam da seguinte maneira:  Já que não se trata de algo que envolva minha distro favorita eu quero mais é que esse projeto afunde.

A inveja consiste exatamente nisso, o lema do invejoso é: Se eu não posso ter agora, não desejo de maneira alguma que o outro tenha.

Se a Canonical diz que o Mir foi necessário para que seu projeto de convergência entre diversos dispositivos ( desktop,TV ,celulares e etc) fosse possível então porque duvidar? Alguns críticos dizem que a Canonical está   desenvolvendo o Mir só por vaidade, pois com o Wayland o Mir não seria necessário.  Raciocina comigo: A Canonical poderia estar mentindo sobre essa necessidade de adoção do Mir? Seria possível, afinal de contas empresa alguma fez votos de santidade.

Mas a Canonical ainda não está entre as gigantes, não pode se dar ao luxo de perder dinheiro com aventuras, será que ela gastaria tempo de desenvolvimento + recursos financeiros altíssimos só por vaidade? Só pelo prazer de prejudicar os outros?

O objetivo da Canonical vai além dos desktops, porque ela precisa rentabilizar seus negócios, enquanto distros como Mint e outras similares não almejam ir além dos desktops, pelo menos não a curto ou médio prazo, isso porque não são mantidas por empresas, não visam lucro e nem precisam disso, são geridas por mantenedores independentes que o faz apenas por hobby e entusiasmo pessoal.

 Bem diferente da Canonical que precisa rentabilizar o ubuntu para sobreviver no futuro, pois se trata de uma empresa e ela tem que olhar o lado dela, não pode deixar de tomar uma decisão empresarial só pra não desagradar mantenedores de distribuições baseadas no Ubuntu ou outros softwares, se esses mantenedores (das derivadas do Ubuntu) se sentirem extremamente prejudicados podem converter sua base para o Debian que é uma distribuição mais conservadora, ainda dá bastante tempo para decidirem que rumo vão tomar, já que o Mir ainda está sendo desenvolvido e por enquanto é apenas um projeto.

Aí vem você e me pergunta: Ué? , mas o Fedora por exemplo também foi criado por uma empresa e a exemplo das distros comunitárias como o Mint, também não tem planos imediatos de irem além dos desktops, como você me explica isso?

Elementar meu caro, a empresa que criou o Fedora ( Red Hat) já está com o "burro na sombra", está bem consolidada junto ao mercado empresarial de servidores onde ela presta bons serviços e fatura muito bem com isso, a Canonical não, precisa " ralar" muito para ter seu lugar ao sol entre as empresas que faturam bem com software livre e é exatamente isso que certas pessoas se recusam a compreender.

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Offline marcosalvesps

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Re: "Barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!
« Resposta #10 Online: 17 de MAR?O de 2013, 16:49 »
Quando a crítica parte de usuários de outras distribuições eu creio que a inveja fale mais alto, infelizmente. Não digo de todos, mas de grande parte, eu ficaria muito feliz se o Fedora, Mandriva ou qualquer outra distribuição mantida direta ou indiretamente por uma empresa tivesse um projeto de convergência para que rodasse em outros dispositivos além dos desktops como o Ubuntu está projetando, mas certos usuários de outras distribuições pensam da seguinte maneira:  Já que não se trata de algo que envolva minha distro favorita eu quero mais é que esse projeto afunde.

A inveja consiste exatamente nisso, o lema do invejoso é: Se eu não posso ter agora, não desejo de maneira alguma que o outro tenha.

Se a Canonical diz que o Mir foi necessário para que seu projeto de convergência entre diversos dispositivos ( desktop,TV ,celulares e etc) fosse possível então porque duvidar? Alguns críticos dizem que a Canonical está   desenvolvendo o Mir só por vaidade, pois com o Wayland o Mir não seria necessário.  Raciocina comigo: A Canonical poderia estar mentindo sobre essa necessidade de adoção do Mir? Seria possível, afinal de contas empresa alguma fez votos de santidade.

Mas a Canonical ainda não está entre as gigantes, não pode se dar ao luxo de perder dinheiro com aventuras, será que ela gastaria tempo de desenvolvimento + recursos financeiros altíssimos só por vaidade? Só pelo prazer de prejudicar os outros?

O objetivo da Canonical vai além dos desktops, porque ela precisa rentabilizar seus negócios, enquanto distros como Mint e outras similares não almejam ir além dos desktops, pelo menos não a curto ou médio prazo, isso porque não são mantidas por empresas, não visam lucro e nem precisam disso, são geridas por mantenedores independentes que o faz apenas por hobby e entusiasmo pessoal.

 Bem diferente da Canonical que precisa rentabilizar o ubuntu para sobreviver no futuro, pois se trata de uma empresa e ela tem que olhar o lado dela, não pode deixar de tomar uma decisão empresarial só pra não desagradar mantenedores de distribuições baseadas no Ubuntu ou outros softwares, se esses mantenedores (das derivadas do Ubuntu) se sentirem extremamente prejudicados podem converter sua base para o Debian que é uma distribuição mais conservadora, ainda dá bastante tempo para decidirem que rumo vão tomar, já que o Mir ainda está sendo desenvolvido e por enquanto é apenas um projeto.

Aí vem você e me pergunta: Ué? , mas o Fedora por exemplo também foi criado por uma empresa e a exemplo das distros comunitárias como o Mint, também não tem planos imediatos de irem além dos desktops, como você me explica isso?

Elementar meu caro, a empresa que criou o Fedora ( Red Hat) já está com o "burro na sombra", está bem consolidada junto ao mercado empresarial de servidores onde ela presta bons serviços e fatura muito bem com isso, a Canonical não, precisa " ralar" muito para ter seu lugar ao sol entre as empresas que faturam bem com software livre e é exatamente isso que certas pessoas se recusam a compreender.


Vejo que ainda existem pessoas racionais na comunidade, que não pensam que o mundo é um conto de fadas! Empresas precisam faturar. Precisam que seus produtos sejam bons pra os seus usuários, e se isso não agradar aos usuários de outras distros, não pode ser fator determinante para a decisão da Canonical. Uma empresa tem que pensar no que é bom pra ela e pro seu usuário final.
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Offline lcpanta

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Re: "Barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!
« Resposta #11 Online: 17 de MAR?O de 2013, 17:08 »

 [/quote]
Vejo que ainda existem pessoas racionais na comunidade, que não pensam que o mundo é um conto de fadas! Empresas precisam faturar. Precisam que seus produtos sejam bons pra os seus usuários, e se isso não agradar aos usuários de outras distros, não pode ser fator determinante para a decisão da Canonical. Uma empresa tem que pensar no que é bom pra ela e pro seu usuário final.
[/quote]

Acho que a frase grifada acima foi mal colocada.  Não acredito que realmente represente o que o autor gostaria de falar.

Mas o eu quero falar mesmo é que essa discussão me lembrou os anos 70/80 quando no Rio de Janeiro, principalmente, tinha uma fábrica de buggy em cada esquina, só lá na Penha tinha umas 8.  Todos fabricados com chassis do fusca (VW), será que foi safadeza da VW parar de fabricar o fusca e deixar uma monte de "fabrica" de buggy a ver navios?
Eu vejo essas distribuições baseados no Ubuntu dessa mesma maneira, pegam o chassis do ubuntu e metem uma carroceria diferente.

Offline asghan

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Re: "Barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!
« Resposta #12 Online: 17 de MAR?O de 2013, 17:50 »
O lance é q o Ubuntu tem sido comentado a tempos, tanto coisas boas como coisas "ruins"...
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Offline marcosalvesps

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Re: Mir no lugar do Wayland:"barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!
« Resposta #13 Online: 17 de MAR?O de 2013, 22:58 »

Acho que a frase grifada acima foi mal colocada.  Não acredito que realmente represente o que o autor gostaria de falar.


Caro amigo lcpanta,

Não sei se coloquei mal a frase, mas é exatamente como penso. A grande maioria dos usuários de Linux (não digos usuários do Ubuntu, e sim englobando todas as distros no mundo) ainda tem um pensamento muito romântico sobre esta questão. De 2 maneiras, ao meu ver: uns acham que é possível crescer somente com a colaboração de voluntários que tenham boa vontade de desenvolver por amor ao Software Livre.

Sempre foi assim, eu sei, mas dessa maneira é complicado você crescer e despontar no mercado, ter visibilidade no cenário mundial e ser respeitado; a outra maneira é justamente sobre a visibilidade: já vi muitos usuários dizendo que não querem que o Linux apareça, tenha visibilidade no mercado, que deve ser restrito a um nicho de pessoas, "Geeks". Não concordo com nenhuma das duas visões. Acho extremamente válido ter uma empresa organizada por trás de uma boa distro. Acho extremamente válido que tenham pessoas experientes tomando decisões importantes pro crescimento da distro, mesmo que isso não agrade a todos os usuários. É impossível agradar a todos.

Esse "romantismo" (repito, na minha opinião) no mercado atual, não leva a lugar nenhum hoje em dia. Os tempos mudam, as coisas mudam, o mercado muda! Boas Distros podem surgir, ter muitos usuários, serem excelentes, mas se não houver profissionalização, não permanecem.

Uma boa comparação são os clubes de futebol, que eram mantidos por presidentes e conselhos não profissionais. Isto está acabando. Estamos na era dos "Clubes-empresa", onde só os que tem esta mentalidade estão conseguindo crescer e se destacar. E com certeza, os torcedores destes clubes só tem a ganhar com isso.

Bem, esta é minha opinião. Assim eu vejo a dupla Ubuntu/Canonical, e por isso o Ubuntu é minha escolha, pela segurança e pelo profissionalismo que sinto e vejo no trabalho desenvolvido.

Mas é claro, há quem descorde de mim, e eu respeito totalmente a opinião de todos...
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Offline hugoleal85

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Re: Mir no lugar do Wayland:"barracos" à parte, eu tô com o Ubuntu e não abro!
« Resposta #14 Online: 18 de MAR?O de 2013, 10:04 »
Esse é um assunto bastante polêmico e é natural que gere esse tipo de discussão.

Desde meu início no mundo Linux o Ubuntu e este belíssimo Fórum sempre foram duas das principais bases de estudo e troca de conhecimentos para mim.

Concordo com as declarações do colega quanto a visão da Canonical como empresa, que ela tem que tomar decisões difíceis e que certamente não agradarão a todos.

Porém existem alguns pontos nesta história com as quais não concordo com a Canonical (caso se confirmem como verídicos), principalmente algumas coisas que foram ditas por Jonathan Riddell, líder do projeto Kubuntu nesta entrevista e as quais gostaria de explicar para que entendam meu ponto de vista.

Vejamos algumas das declarações dadas por ele:

1) Jonathan:
I only had contact with the Linux Mint developer recently when Canonical claimed that they needed a licence to use the compiled packages from Ubuntu. This is a dangerous misunderstanding of copyright licencing from a company which should understand it. I advised Linux Mint to say some rude things to Canonical but I think they're too polite for that.

Em tradução livre:
Eu apenas tive contato recente com o desenvolvedor do Linux Mint quando a Canonical afirmou que eles precisariam de uma licença para utilizar os pacotes compilados do Ubuntu. Este é um perigoso mal entendido da licença de copyright, vindo de uma companhia que deveria entendê-la bem. Eu avisei o Linux Mint para responder de forma dura, mas acho que eles são muito educados para isso.
 

Lembro a todos os colegas que no site oficial do Ubuntu no Brasil existe uma lista com 4 compromissos da distro. Um deles, em especial, gostaria de colocar aqui no tópico em destaque:
- O CD do Ubuntu possui apenas Software Livre, nós encorajamos você a usar software de código aberto, melhorá-lo e distribui-lo.

Pois bem, se no CD do Ubuntu existe apenas software livre (e se para um software ser considerado livre tem que obedecer às quatro liberdades) então há, no mínimo, uma grande engano aqui.

Vejam, por exemplo, o que diz a liberdade 3:
A liberdade de distribuir cópias de suas versões modificadas a outros (liberdade 3)

Caso a afirmação do sr. Jonathan, líder do projeto Kubuntu, seja verdadeira, estaremos vendo aí um "grande mal entendido" sendo cometido pela Canonical com essa exigência ao Linux Mint. No mínimo, esse é um caso que merece uma investigação bastante rigorosa.



Agora vejam essa outra declaração dele na entrevista:

2) Since then Canonical has started asking for donations when downloading Ubuntu and one option is to give "Better support for flavours like Kubuntu, Xubuntu, Lubuntu Slider thumb". Kubuntu has never received any of these funds or seen any better support, so this is a disappointing case of fraud.

Em tradução livre:
Desde que a Canonical começou a pedir doações quando os usuários realizam o download da distro, há uma opção que é dar um melhor suporte para versões derivadas como o Kubuntu, Xubuntu e Lubuntu. Porém, o Kubuntu nunca recebeu nenhum dinheiro ou um melhor suporte, então este é um caso decepicionante de fraude.
OBS: Esta declaração do sr. Jonathan levou o sr. Jason Bacon, gerente da Canonical para relacionamento com a comunidade, a fazer uma investigação rigorosa sobre o caso. Ele disse esperar que a empresa realize a primeira doação para o Kubuntu em breve.



Por fim um outro ponto que queria destacar é que o sr. Jonathan disse na entrevista que inclusive pensou em mudar o nome da distro devido a tudo isso. Entretanto, foi advertido por Mark Shuttleworth que caso viesse a fazê-lo o projeto seria expulso da empresa.


Pois é companheiros. Sou um grande fã de todo o trabalho que a Canonical e o Ubuntu realizaram nestes anos a favor do linux e do software-livre, agora as acusações que a empresa vem recebendo ultimamente são muito sérias. Caso elas sejam mesmo verídicas, a companhia certamente receberá uma resposta à altura da comunidade, por claras transgressões às Regras e filosofia do software-livre. Obviamente, caso sejam os acusadores que estejam agindo com leviandade, devem ser eles os rigorosamente punidos por esse tipo de atitude, quer seja tentar criar um clima de animosidade entre distros Linux, especialmente entre distros "irmãs" e tão próximas como o Ubuntu e o Mint.

Sem dúvida é um caso para se acompanhar de perto.

Espero que tenham entendido meu ponto de vista e não levem com uma forma de ataque contra a distro ou a comunidade, até porque sou usuário do Ubuntu e membro ativo aqui do Fórum e tudo que quero é ver um ambiente saudável no mundo Linux, caracterizado pelo respeito entre as diferentes comunidades e à filosofia do software-livre.

Abraço.
« Última modificação: 18 de MAR?O de 2013, 13:31 por hugoleal85 »
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